segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O pão nosso de cada dia

Investiga vestígios
Nos escombros dos assombros
Os rastos dos ratos que roem
O pão nosso de cada dia
Mas não são todos que mastigam
O pão nosso de cada dia
Muitos não mastigam
Não mastigam
Mitigam, mitigam
Mendigam
Me digam mendigos,
Mandingas mais dignas
Para nos livrar dessa subserviência mendiga

Me digam mendigos
Mandingas mais dignas
Cantilenas plenas
Hinos que elevem
Esqueçam nine eleven
Onze de setembro, nem lembro
Se elevem além do nine eleven
Se elevem além dos seven-elevens
Se elevem, noves fora
Se elevem e levem à nona potência
A urgência de consertar o planeta

Descorporatizar todos os poros
Sem ter que implorar
Para que não implodam
Para que não explodam
O mundo, por tantos
Acúmulos de cúmulos de riquezas
Acúmulos de túmulos de riquezas
Em detrimento
Aos detritos irrestritos
Por todos os distritos
Contratos
Com tretas
Muletas
Sem multas ou culpas apuradas
Para o apuro da humanidade
Que desumana, não repara
Não exige que pare.

Mas tem sim, que exigir que pare
E que equipare
Todos os pares de maneira ímpar
E que equipare
Todos os pares de maneira ímpia

Para que respirem, não pirem
Que reparem que tem que respeitar
Todos os partos
Brancos, negros, vermelhos, amarelos e pardos
E repartir por todos os pratos
O PÃO NOSSO DE CADA DIA

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