domingo, 22 de agosto de 2010

Depois de êxito em mostras de cinema, 'Elvis e Madona' vira livro

Cineastas sempre buscaram na literatura boas histórias para levar às telas. Difícil é encontrar um livro que tenha sido escrito a partir de um filme. Esse é o caso de “Elvis e Madona, uma novela lilás”, do escritor paulista Luiz Biajoni.

Estrelado pelos atores Simone Spoladore e Igor Cotrim, “Elvis e Madona” (2009) conta a história de amor entre uma garota lésbica e um travesti, passada em Copacabana. O romance nada comum, roteirizado pelo diretor carioca Marcelo Laffitte, chamou a atenção do escritor.

“O Biajoni leu uma nota publicada em um jornal e entrou em contato comigo. Queria assistir ao filme, que ainda estava sendo finalizado na época”, relembra Laffitte. “Ele ficou encantado, perguntou se podia fazer algumas adaptações e escrever um livro. Achei a ideia ótima!”.

O cineasta brinca que a série de alterações em sua trama original é “a vingança da literatura contra o cinema”. “Os diretores sempre pegaram as histórias dos livros e fizeram suas adaptações. O Biajoni acrescentou personagens, modificou diálogos e criou todo um universo para o Elvis e a Madona do meu filme. Mas não tive ciúme não... Foi uma experiência interessante”, garante.

“Elvis e Madona, uma novela lilás” será lançado em outubro, pela editora Língua Geral.

Elvis e Madona, o filme

Com estreia em circuito prevista para janeiro de 2011, “Elvis e Madona” tem feito uma boa trajetória nos festivais. Depois de ser exibido em competições nacionais, como o Mix Brasil e o Festival de Gramado, o longa agora concorre na 14ª edição do Brazilian Film Festival, em Miami.

O filme foi apresentado ao público do teatro Colony na noite de terça-feira (17) e teve boa recepção da crítica. O Miami Herold classificou com três estrelas, destacando as boas atuações da dupla Spoladore-Cotrim.

Produzido com baixo orçamento, a história de Elvis e Madona - que também traz no elenco Maitê Proença, Mayana Moura e Sergio Bezerra - já existe há dez anos. “Eu estava aqui em Miami, quando assisti a um desses programas estilo ‘casos de família’, de lavagem de roupa suja. Uma drag queen se dizia apaixonada pela esposa do próprio filho. Uma coisa muito maluca”.

Laffitte diz que pensou em escrever um roteiro no qual o romance se tornasse “completamente possível para o espectador”. “Escrevi a história com muita delicadeza. Elvis e Madona são duas almas em busca de afeto e que o encontram de uma forma pouco provável”.

Atualmente o diretor se prepara para filmar o longa "Viagem ao verão", que tem roteiro assinado por Ziraldo. Segundo Laffitte, há apenas um nome confirmado no elenco: o ator Evandro Mesquita.

Em Miami, “Elvis e Madona” concorre com os longas “Tempos de Paz”, de Daniel Filho, “Os inquilinos”, de Sérgio Bianchi, “Olhos azuis”, de José Joffily, “Sonhos roubados”, de Sandra Werneck, “O bem amado”, de Guel Arraes, “Salve geral”, de Sergio Rezende, e “Os normais 2”, de José Alvarenga Jr.

Fonte: G1

sábado, 21 de agosto de 2010

Abertura do 14 Brazilian Film Festival de Miami

"Bela sessão em Miami. Sucesso de público e crítica. A família Inffinito é muito carinhosa." (Marcelo Lafitte)

"A sessão estava lotada e todos riram, se divertiram, emocionaram... enfim 'Elvis e Madona' foi um sucesso e vamos talvez conseguir até distribuição aqui nos EUA, MIAMI ME AME GOSTOSO!" (Igor Cotrim)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Elvis e Madona na 14ª edição do Brazilian Film Festival de Miami

A comédia “O bem amado”, o documentário “Dzi Croquetes” e o drama "Elvis e Madona” são alguns dos destaques da maior premiação do cinema nacional no exterior, o Brazilian Film Festival, que começa nesta sexta-feira (13), em Miami, nos Estados Unidos. A programação da mostra inclui 40 filmes, entre longas e curta-metragens, que serão exibidos no Colony Theatre, em Miami Beach.

Nesta 14ª edição, o festival vai homenagear Andréa Beltrão. A atriz fez sua estreia no cinema em 1984 no filme “Garota dourada”, de Antonio Calmon, e hoje, aos 47 anos, acumula mais de 20 produções.

Na mostra competitiva em Miami, Andréa será vista em dois filmes. Em “O bem amado”, de Guel Arraes, ela interpreta a personagem Dulcineia Cajazeira. Já no drama “Salve geral”, de Sergio Rezende, a atriz vive uma mãe que tenta resgatar seu filho em meio a uma rebelião de presos.

... A lista dos longas em disputa inclui ainda “Tempos de Paz”, de Daniel Filho, “Os inquilinos”, de Sérgio Bianchi, “Olhos azuis”, de José Joffily, “Sonhos roubados”, de Sandra Werneck, “Elvis e Madonna”, de Marcelo Laffite, “Os normais 2”, de José Alvarenga Jr., e “Histórias de amor duram apenas 90 minutos”, de Paulo Halm.

As produções serão premiadas com o troféu Lente de Cristal em 12 categorias, incluindo filme, ator, atriz e direção.

Exibição Elvis e Madona: 17 de agosto, 7 pm, no Colony Theatre 1040 Lincoln Rd; Miami Beach FL

fonte: G1

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"O Teto do Saguão do Cinema” (Igor Cotrim)

Se Toda a Nudez Será Castigada
Bota uma roupa e Vai Trabalhar Vagabundo
E não se esqueça do seu Amuleto de Ogum
O Predileto patuá
Que te deixa À Flor da Pele
Que te protege da dor do mundo
Adora o mundo , Doramundo
E todas as suas tribos de Raoni à Gaijin
A liberdade sempre encontra o seu caminho
Life is a Cabaret Mineiro, mas pode ser
Carioca, paulistano, potiguar, gaúcho , catarina , etc
Enfim, de todo o Brasil
Então enfrente, vá Pra Frente Brasil
Seja com rigor militar de um Getúlio,
Ou com a malemolência espectral daquele Baiano Fantasma
Que sabia acalmar qualquer Carne Marvada
Vai Homem, bota sua Capa Preta
Pois seu esforço nunca será debalde
Pois até no Arrabalde, podem ser encontrados Anjos
No Cine Xangai, uma bela dama vai dar aquela Festa
Onde até Stelinha, pode perder a linha
Mas não quero falar disso agora
Pois no high society, se aprimoram Técnicas de Duelo
Para se Encontrar um Lugar no Mundo
Um lugar mais doce
Com sabor de Morango e Chocolate
Tão forte que pode lhe causar uma Amnésia gustativa
Mas eu não me esqueço que
Yo soy um hombre sincero, de donde crece la palma
Guantanamericamente
E, confesso que mesmo não sabendo Quem Matou Pixote
Só de olhar para o teto do saguão do cinema
Após a sessão de Elvis e Madona aqui em Gramado
Tenho a certeza que o nosso cinema esteve, está e estará sempre vivo.