quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"O Teto do Saguão do Cinema” (Igor Cotrim)

Se Toda a Nudez Será Castigada
Bota uma roupa e Vai Trabalhar Vagabundo
E não se esqueça do seu Amuleto de Ogum
O Predileto patuá
Que te deixa À Flor da Pele
Que te protege da dor do mundo
Adora o mundo , Doramundo
E todas as suas tribos de Raoni à Gaijin
A liberdade sempre encontra o seu caminho
Life is a Cabaret Mineiro, mas pode ser
Carioca, paulistano, potiguar, gaúcho , catarina , etc
Enfim, de todo o Brasil
Então enfrente, vá Pra Frente Brasil
Seja com rigor militar de um Getúlio,
Ou com a malemolência espectral daquele Baiano Fantasma
Que sabia acalmar qualquer Carne Marvada
Vai Homem, bota sua Capa Preta
Pois seu esforço nunca será debalde
Pois até no Arrabalde, podem ser encontrados Anjos
No Cine Xangai, uma bela dama vai dar aquela Festa
Onde até Stelinha, pode perder a linha
Mas não quero falar disso agora
Pois no high society, se aprimoram Técnicas de Duelo
Para se Encontrar um Lugar no Mundo
Um lugar mais doce
Com sabor de Morango e Chocolate
Tão forte que pode lhe causar uma Amnésia gustativa
Mas eu não me esqueço que
Yo soy um hombre sincero, de donde crece la palma
Guantanamericamente
E, confesso que mesmo não sabendo Quem Matou Pixote
Só de olhar para o teto do saguão do cinema
Após a sessão de Elvis e Madona aqui em Gramado
Tenho a certeza que o nosso cinema esteve, está e estará sempre vivo.

2 comentários:

Daniela disse...

Saudades de te ler ,meu poeta favorito ,é pra escrever esses poemas q sinceramene demoro um certo tempo pra entender,rsrs, q vc fica sumido ,realmente o seu lugar não é nessas novelas com historias repetidas ,personagens batidos ,vc faz parte da arte propriamente dita .

adriano do frio disse...

Grande Igor!

Muito querido!